sábado, 14 de julho de 2007

Uma noite do ano passado, num ensaio do Duo de Cordas: Mandrágora, fiz esse poema...

ENTRE NÓS

Aqui jazem todos
e
entre cordas e nós
constroem-se os segredos

Alguns de matérias sofríveis
palpáveis, perecíveis,
Outros etéreos
lembranças imperfeitas
do momento do cio

Começa a festa,
distribuem-se os papéis
o sangue tinto é servido,
aquecido, desejado,
temido,
Vertendo nas bocas
A música do beijo

Som, luz, sombra!!!

Choram as cordas
Quebram-se tensões
Esgarçam-se os sentidos
E seguimos perdidos
sem vínculos, nem marcas
Mas já não somos nós

Junho/2006